“Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, há-de salvá-la.” (Marcos 8,35)
É preciso que eu perca certas coisas e até mesmo certas pessoas, inclusive o meu “eu”, para receber a “salvação”. Esta é uma verdade difícil de compreender, mas você poderia pensar da seguinte forma: Você recebe, quando você dá. Ou: Se você ama a pessoa, você deve (às vezes) deixá-la ir.
O que é “salvação”? É tudo. É a plenitude, ou o retorno à plenitude, depois de ter sido fragmentado pelos meus desejos desta ou daquela coisa ou lugar ou pessoa(s). Esses desejos nem sempre são atendidos da maneira que eu gostaria ou esperava. Minha plenitude, em harmonia com a visão de Deus sobre mim e meu lugar único em Seu panorama geral, é restaurada por meio de minha entrega à Sua vontade, manifestada pelos altos e baixos de minha jornada carregando a cruz, para a qual Ele me chama todos os dias. Eu faço a minha parte, colocando um pé na frente do outro e fazendo a próxima coisa certa, mas também preciso renunciar e deixar que Deus faça a Sua parte. Na maioria das vezes, eu não sei ou não compreendo, mas confio n’Ele. Porque Ele vê o panorama completo e meu lugar único nele, que é onde eu prospero e tenho vida sempre nova.
Não nos deixes cair em tentação, nosso Pai amoroso, mas livra-nos do mal, se ficarmos presos em nossos desejos descabidos ou inoportunos. Porque o Senhor está no comando, e Seu é o reino, que está sempre penetrando em nossas vidas, e Seu é o poder de fazer por nós o que não podemos fazer por nós mesmos, e Sua é a glória na qual nos deleitamos, quando O deixamos entrar. Amén! Feliz Domingo da Santa Cruz, queridos amigos!
Versão brasileira: João Antunes
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