“O deserto e a terra árida vão alegrar-se,
a estepe exultará e dará flores belas como narcisos.
Vai cobrir-se de flores
e transbordar de júbilo e de alegria.
Tem a glória do Líbano,
a formosura do monte Carmelo
e da planície de Saron.
Verão a glória do SENHOR,
e o esplendor do nosso Deus.
Fortalecei as mãos débeis,
robustecei os joelhos vacilantes.
Dizei aos que têm o coração pusilânime:
‘Tomai ânimo, não temais!’
Eis o vosso Deus, que vem para vos vingar.
DEUS vem em pessoa retribuir-vos e salvar-vos.
Então se abrirão os olhos do cego,
os ouvidos do surdo ficarão a ouvir,
o coxo saltará como um veado,
e a língua do mudo dará gritos de alegria;
porque as águas jorraram no deserto
e as torrentes na estepe.”
(Isaías 35,1-6)
Essa é uma das profecias lidas durante os ofícios litúrgicos da “Teofania” (ou seja, a “manifestação de Deus”), quando Nosso Senhor foi ao rio Jordão aos trinta anos de idade e Se submeteu ao batismo de João, inaugurando Seu ministério público para todos nós. A Teofania é celebrada hoje por aqueles que seguem o Calendário Juliano Revisado, enquanto os que seguem o Calendário Juliano Tradicional se aproximam da celebração de outra Teofania, o nascimento do Senhor em Belém. Ambas as teofanias ou “manifestações” do Homem-Deus entre nós, Seu nascimento de uma Virgem em uma gruta solitária em Belém e Sua imersão nas “águas” de nosso mundo material, bem como Sua presença contínua e santificadora em nossa vida, trazem vida nova às nossas “mãos débeis” e aos nossos “joelhos vacilantes”, como profetizou Isaías.
Hoje, que eu possa me reconectar com Ele, uma vez mais, e me juntar ao fluxo criativo da presença unificadora e vivificante de Deus em nosso “deserto”. Graças Te dou, Senhor, por estar sempre presente em nossas vidas para abrir nossos olhos quando estamos cegos para o que deveríamos estar vendo e para nos ajudar a ouvir quando estamos surdos para o que deveríamos estar aprendendo. “O Senhor é nosso Deus, ele fez brilhar sobre nós a sua luz” (Salmo 117,27a). Boas festas, queridos amigos!
Versão brasileira: João Antunes
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