TRANSFIGURAÇÃO

Sobre o monte Te transfiguraste e os Teus discípulos, à medida que o podiam, viram a Tua glória, ó Cristo Deus, a fim de que quantos Te vissem crucificado, compreendessem que a Tua paixão era voluntária e proclamassem ao mundo que Tu és verdadeiramente o resplendor do Pai.” (Kondákion da Transfiguração)

Esse hino nos explica as razões pelas quais Nosso Senhor permitiu que os discípulos (Pedro, Tiago e João) testemunhassem Sua gloriosa Transfiguração sobre o monte, tanto quanto “podiam”: Foi para que eles não perdessem a fé n’Ele, quando fosse crucificado, e continuassem a proclamar ao mundo que Ele, verdadeiramente, é “o resplendor do Pai”.

Como isso é relevante para nossa vida? Também temos nossos momentos “sobre o monte”, ou seja, quando testemunhamos a bondade ou a graça de Deus, na “medida que podemos”. Esses momentos “para cima” têm o objetivo de fortalecer nossa fé naqueles momentos “para baixo” de nossa jornada carregando a cruz, quando podemos sentir que Deus nos abandonou.

E é assim que o hino que segue imediatamente o Kondákion citado acima, chamado de “Ikos”, nos incentiva a mudar nossos pensamentos nesses momentos para baixo: “Erguei-vos, preguiçosos, não queirais à terra viver sempre apegados; o voo erguei até a altura, rasteiros pensamentos de pecado que minha alma amarrais ao terreno. Corramos com Tiago, João e Pedro e ao Tabor acorramos com presteza para com eles ver de Deus a glória e a voz escutar ouvida por eles e na qual o Pai eterno confessaram”. Olhemos para cima hoje, meus amigos, se estivermos nos sentindo para baixo, porque o “resplendor” de Nosso Senhor sustenta nosso mundo e nos transfigura, mesmo quando não o vemos por causa das nuvens. Feliz Transfiguração!

Versão brasileira: João Antunes

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