“Quando Maria chegou ao sítio onde estava Jesus, mal o viu caiu-lhe aos pés e disse-lhe: ‘Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido’. Ao vê-la a chorar e os judeus que a acompanhavam a chorar também, Jesus suspirou profundamente e comoveu-se. Depois, perguntou: ‘Onde o pusestes?’. Responderam-lhe: ‘Senhor, vem e verás’. Então Jesus começou a chorar.” (João 11,32-35)
Nesta sexta-feira, em que meu pai acabou de falecer nas primeiras horas da manhã, estou refletindo sobre como o Senhor compartilha nossa dor humana pela morte de um ente querido, quando a compartilhamos com Ele. Quando a irmã de Lázaro, Maria, caiu-Lhe aos pés em lágrimas, cercada por amigos que também estavam chorando, Jesus Se permitiu “suspirar profundamente e comover-Se” tanto que chorou com eles. Mesmo sabendo que estava prestes a ressuscitar Lázaro dentre os mortos, Ele chorou, pois sabia que a dor deles era real, em tempo real, no qual os seres humanos experimentam uma dor profunda com a morte física e a separação de um ente querido. Ele também Se permitiu ser conduzido, pelos enlutados, ao túmulo de Lázaro (como se não soubesse onde ficava), levando assim os aflitos a participarem da cura que Ele estava lhes proporcionando.
Graças Te dou, Senhor, por chorares conosco. Que eu possa me deixar guiar pelo Senhor, por meio do processo de luto, no qual o Senhor participou conosco, assim como conduziu a nós e a um ente querido que partiu para uma nova vida. “Por ti eu clamo, SENHOR: vem depressa socorrer-me!”(Salmo 141,1a).
Versão brasileira: João Antunes
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