“Deus abençoou o sétimo dia e santificou-o, visto ter sido nesse dia que Ele repousou de toda a obra da criação.” (Gênesis 2,3)
Estou refletindo nesta manhã sobre o “repouso” de Deus no sétimo dia da criação e sobre o “repouso” de Cristo no sepulcro nesse dia, que é o sábado segundo nossos costumes. Também estou refletindo sobre o(s) antigo(s) mandamento(s) do sábado, de que o povo de Deus também “repousa” nesse dia, e o que isso significa para nós.
Embora não sejamos chamados a repousar da mesma forma que o povo eleito o fazia sob a Lei do Antigo Testamento, entendemos que o repouso, em geral, é uma parte tão vital e complexa da vida humana que Deus deu ao Seu povo mandamentos sobre isso. Continua sendo vital e complexo para nós, em nossa Era da Internet 24 horas por dia, 7 dias por semana, encontrar e honrar adequadamente certos momentos de repouso. E isso não se torna necessariamente mais fácil quando estamos aposentados ou desempregados e temos muito tempo “livre” ao nosso dispor. Podemos nos sentirmos frustrados pelo tédio, pela solidão, pelo desânimo ou por outras formas pouco dignas e improdutivas de repousar.
Mas animemo-nos, se não formos muito bons com relação ao repouso! Vejamos toda a temática do “repouso”, incluindo o mandamento dado por Deus para repousar, como um desafio dignificante; como uma capacidade que precisamos aprender e desenvolver, por meio da disciplina diária, tanto física quanto espiritual, para que possamos, por fim, entrar no tipo de “repouso” de Deus. Isso requer algum “empenho” de nossa parte, conforme escreve o autor de Hebreus: “Por conseguinte, permanece um repouso sabático para o povo de Deus. O que entra no seu repouso, repousa também das suas obras, tal como Deus repousou das Suas. Apressemo-nos [Empenhemo-nos], então, a entrar nesse repouso” (Hebreus 4,9-11a). Honremos com empenho nossos tempos de repouso, bem como nossos tempos de trabalho, e oremos pela sabedoria de saber a diferença.
Versão brasileira: João Antunes
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