PAI NOSSO

Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei, para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: ‘Abbá! — Pai!’. Deste modo, já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro, por graça de Deus.” (Gálatas 4,4-7)

Cristo “nasceu de uma mulher” e Se tornou um de nós, compartilhando nossa humanidade, o que nos abre a porta para compartilharmos de Sua divindade; de Sua dignidade até então única de ser o Filho de Deus e único herdeiro do reino de Deus. Essa é uma promessa irreal ou vazia? Não, acho que não. Descobri que Deus restaura, muitas vezes diariamente, o meu senso perdido de pertencimento, de conexão, sempre que escolho entrar pela porta bem aberta de Sua fraternidade e comunhão.

Hoje, sempre que clamo “Pai Nosso…”, recordo-me com gratidão que o faço junto com o Seu Filho, que orou pela primeira vez dessa forma, como um de nós. Nenhum de nós está mais realmente separado, nem vive como uma ilha, — não importa o quão “desconectado” ou ferido alguém possa se sentir na área dos relacionamentos humanos. Deus oferece Seu reino para cada um de nós, inclusive para mim; toda a Sua herança está lá, bem como um lugar para mim na mesa de Sua família — por mais brega que isso possa parecer. De fato, Ele tem um “lugar”, o lugar certo e um lar adequado, n’Ele e com Ele, para todos. “Pai Nosso”, digo hoje, esperando que Ele restaure meu lugar certo com Ele e n’Ele. “Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade” comigo hoje, pois Teu é o reino, o poder e a glória. Aqui e agora, e para sempre.

Versão brasileira: João Antunes

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