COMEMORANDO A VINDA DELA

Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?…’” (Lucas 1,39-43)

A Mãe de Deus não é aquela que se isola e fica em casa, quando é hora de “mostrar-se”. Assim como Seu filho é Aquele que vem “e vem novamente” (καὶ πάλιν ἐρχόμενος, и паки грядущий), para nós, ao longo de nossa história, ela vem “depressa” e com Ele, como ela fez com Isabel, e como ela fez no dia em que celebramos hoje (de acordo com o Calendário Juliano Tradicional), na Grande Festa de sua “Proteção” (Pokrov). Conforme cantamos no Tropário de hoje: “Hoje os fiéis celebram a festa com alegria / iluminada por sua vinda, Ó mãe de Deus…”.

Hoje enquanto celebramos uma de suas aparições mais famosas ou “vindas” para o povo fiel ao longo da história, agradeço-lhe por ter vindo, e por ficar, sempre na sua presença cheia de graça em toda a minha desordenada vida. “E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?”. Eu não sei. É o jeito dela, e aparentemente assim tem sido sempre. “Vós que sois realmente a Mãe de Deus, nós vos glorificamos!”.

Versão brasileira: João Antunes

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