INSEGURANÇA PARALISANTE

Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.” (Gênesis 1,31)

A minha jornada espiritual consiste principalmente em desenvolver, à luz de Deus, na graça de Deus, três relações essenciais, todas inter-relacionadas: 1. O meu relacionamento com Deus; 2. O meu relacionamento comigo mesmo; 3. O meu relacionamento com as outras pessoas. Hoje estou refletindo sobre a segunda, a minha relação comigo mesmo.

A passagem acima citada do livro do Gênesis recorda-me que, como parte de todo o quadro da Sua criação, Deus vê-me, assim como a todas as outras pessoas, como “muito bom”. Este ser “muito bom” existe como um todo, dentro do conjunto inter-relacionado do Criador e da criação; de “toda a Sua obra”.

Começo a perceber a minha dignidade e o meu ser “muito bom”, ou seja, começo a ver-me como Deus me vê, quando mantenho a minha conexão com Ele diariamente, lançando a Sua luz sobre todas as minhas aspirações e ações. Quando me separo de Deus, por outro lado, fico com uma insegurança paralisante, como Adão e Eva que se percebem nus no jardim. De repente há um sentimento de vergonha e uma perda de confiança em Deus, em si próprios e um no outro. Pois é a graça de Deus que é a “cola”, por assim dizer, que mantém todo o ser “muito bom” inter-relacionado da criação.

Hoje que eu renove o ser “muito bom” que Deus me deu, renovando a minha conexão com Ele. A Sua graça remove a minha vergonha humana, a minha dúvida humana, e reveste-me com a Sua dignidade. Que eu siga adiante e cresça com Ele e n’Ele; na Sua sabedoria, na Sua coragem e na Sua dignidade divino-humana.

Versão brasileira: João Antunes

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