“Assim, pois, como Cristo padeceu na carne, armai-vos também vós desse mesmo pensamento: quem padeceu na carne rompeu com o pecado, a fim de que, no tempo que lhe resta para o corpo, já não viva segundo as paixões humanas, mas segundo a vontade de Deus. Baste-vos que no tempo passado tenhais vivido segundo os caprichos dos pagãos, em luxúrias, concupiscências, embriaguez, orgias, bebedeiras e criminosas idolatrias.” (1 Pedro 4,1ss)
Há esta bênção oculta em ficar enfermo “na carne”; pois reduzo meu ritmo contra a minha vontade, e sou obrigado ao menos a fazer uma “pausa” em meus padrões pecaminosos habituais ou “paixões”. Eu, necessariamente, não me “armo desse mesmo pensamento” com o qual Cristo Se armou, quando Ele padeceu “por nós”. O seu padecimento foi uma doação proposital, “pelo” próximo. Em minhas enfermidades físicas eu poderia escolher apenas reclamar sem propósito, perguntando “Por que eu?”.
Mas meu corpo, enfermo ou são, tem sempre um propósito, ser “para” Deus e para o próximo. Portanto, que eu redirecione meu foco para Ele hoje, o melhor que posso, particularmente se fui impedido, por doença física, de “fazer” o que costumo “fazer”. Que eu “esteja” em Deus, abraçando o período de enfermidade para exercer a gratidão, a compaixão e a oração pelo próximo. “Seja feita a Tua vontade” para conosco neste período de enfermidades, Senhor, por Tua misericórdia e graça.
Versão brasileira: João Antunes
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